A Rússia está interessada em importar tecnologia bancária brasileira. É o que informa Maurício Minas, representante da Febraban e do Ciab na missão financeira que o Banco Central realizou na semana passada a Moscou. “O Brasil é o benchmark deles”, conclui Minas, explicando que, por sua história, os bancos russos são muitos – em torno de dois mil – mas pouquíssimo automatizados. “Agora, com o crescimento da economia, principalmente devido às altas do petróleo, eles precisarão expandir a tecnologia para poder gerenciar essa conjuntura”, avalia o brasileiro.

Minas relata que a missão apresentou aos russos um panorama dos bancos brasileiros e seu atual modelo de negócios. “Falamos do papel da tecnologia para o desenvolvimento das instituições bancárias e de como essa tecnologia pode migrar para a Rússia”, explica. “Além disso, fizemos uma comparação entre o nível de automação do bloco dos países em desenvolvimento e mostramos a posição de liderança do Brasil", continua, referindo-se ao BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Segundo o representante da Febraban, a recepção foi muito boa. “Todos os ouvintes demonstraram interesse no intercâmbio de tecnologia, serviços e desenvolvimento de aplicativos”, conta. Para ele, o ramo bancário será uma porta para a expansão dos investimentos da Rússia no Brasil – no final do ano passado, o país liderou a lista de importadores de produtos brasileiros, tendo comprado US$2.9 bilhões de nosso mercado. Agora, o próximo passo será reverter a missão: trazer os bancários russos para conhecer nossos sistemas de perto. Uma boa chance para isso será o XVI Ciab Febraban - Congresso e Exposição de TI das Instituições Financeiras, que ocorre de 21 a 23 de no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Link(s) Relacionado(s): Ciab 2006. Febraban.

(Fonte Baguete)