Novo tocador musical da Microsoft tem transmissão wireless e música por assinatura para combater domínio de 75,6% da Apple no setor. Até a manhã desta terça-feira (14/11), o mercado mundial de MP3 players se dividia entre a supremacia do iPod e a guerra entre modelos menos conhecidos pelo segundo lugar.
Nesta terça, a Microsoft finalmente coloca nas lojas norte-americanas o aguardado Zune, player que promete bater de frente e roubar participação de mercado da linha musical da Apple.
Em um mercado em que apenas um concorrente representa 75,6% do setor, segundo dados de agosto da consultoria NPD Group, não é qualquer produto lançado que pode ser encarado como concorrente.
Basta ver a quantidade de grandes empresas de tecnologia, como Creative, Sony, SanDisk, Philips e Samsung, que disputam a segunda posição no setor.
Segundo o mesmo estudo da NPD Groups, a SanDisk aparecida em segundo, com 9,7%, seguida pela Creative, com 4,7% do setor.
A Microsoft, porém, não é qualquer empresa. Anunciado em julho, o player Zune invadiu o noticiário credenciado como o único player capaz de ameaçar a supremacia da Apple no mercado de música digital.
A expectativa sobre o player, já revelada por uma pesquisa da ABI Research que revela que 58% dos donos de iPods comprariam o aparelho da Microsoft, não é infundada.
O Zune mantém características de sucesso do iPod e introduz novidades inéditas no setor, como a transmissão de músicas entre aparelhos, além de dar suporte ao DRM da Microsoft, rival à tecnologia de restrição de cópias usada no iTunes.
Inicialmente, analistas acreditam que o Zune terá pouco impacto nas vendas do iPod.
Uma pesquisa da consultoria financeira Jaffray & Co, divulgada nesta segunda-feira (13/11), prevê que haverá "um pequeno impacto" nas vendas do iPod em razão do lançamento do Zune e afirma ainda que as principais diferenciações do Zune - rádio FM e transmissão de arquivos por redes sem fio - não chamarão tanta atenção dos usuários de iPods.
"Enquanto o sintonizador FM é uma das funções mais pedidas no iPod, acreditamos que a ferramenta mais comentada do Zune - o compartilhamento de arquivos com outros Zunes - não será um fator impactante o suficiente nas vendas", escreveram os analistas.
A Piper Jaffray prevê ainda que o Zune não terá impacto na participação de mercado do iPod nos próximos seis meses, "a não ser que a Microsoft comece um esforço pesado de marketing dentro das próximas semanas", de acordo com o documento